Contribuições da Copa do Mundo  para a vida e para a psicologia

Durante esse período que vivemos a Copa do Mundo do Catar muito foi falado da psicologia, da postura e até de escolhas erradas ou não que esse ou aquele treinador teve. Somos brasileiros e por isso mesmo gostamos muito de falar de futebol, no nosso instagram @morettofogaca fizemos algumas considerações em relação ao que íamos discutindo e pensando, sempre tentando associar fatos do mundo do futebol e que estavam em pauta na copa com o fazer psicológico.

É importante ressaltar que os fatores emocionais durante a prática esportiva são muito importantes e muitas vezes estão ligados a performance dos atletas. Segundo Katia Abreu, a saúde mental entra em campo com a mesma influência da preparação física, da nutrição, da fisiologia, da biomecânica. Um atleta que está com algum desequilíbrio no bem-estar mental não vai conseguir se concentrar no jogo. Com isso, sua capacidade de tomada de decisões será prejudicada, atrapalhando a si mesmo e sua equipe. 

Parafraseamos Andrea Pirlo (Ex-jogador e campeão mundial em 2006) disse, “O futebol se joga com a cabeça. Os pés são apenas uma ferramenta”. Há muitas pessoas hoje que percebem isso, mas ainda existe muita resistência em relação ao profissional de psicologia junto a equipe técnica tanto da Seleção Brasileira quanto de Clubes de Futebol por todo o Brasil. Mas há uma grande gama de outras seleções que possuem profissionais de psicologia em seu quadro técnico, coincidência ou não as duas equipes finalistas (Argentina e França) possuem esse trabalho.

No mundo inteiro e em diferentes áreas do esporte de alto rendimento, seleções nacionais, equipes, times e atletas optam em contar com um psicólogo como parte de suas comissões técnicas. Infelizmente, ainda não são todas que dão a devida atenção para o assunto. Os profissionais trabalham os atletas individualmente no formato presencial ou online, já que eles moram e atuam em outros países. Outro formato é quando o trabalho psicológico é realizado a longo prazo e com toda a equipe buscando desde ampliar a motivação, melhorar comunicação, coesão, integração de equipe e liderança, assim como ampliar a performance das equipes. 

Outra contribuição importante do trabalho psicológico junto aos atletas é a prevenção do adoecimento psíquico e neurológico. No psíquico destacamos a depressão, uma doença psicológica cada vez mais comum na sociedade e recorrente nos atletas devido a grande pressão que sofrem. Apesar das pessoas acharem que os profissionais do futebol vivem em um mar de coisas boas em função do sucesso ou dos altos salários, a maioria das pessoas se esquecem da pressão psicológica que essas profissões trazem. Muitos jogadores vêm a público declarar que estão passando por dificuldades, por isso a importância de também ser realizado um trabalho clínico com os atletas. 

E por fim o alerta que vem sendo trazido das  concussões. Algo pouco falado no cotidiano, elas são traumas cerebrais causados por pancadas na cabeça. Podem causar até a perda de consciência, tontura, náusea, cefaléia, entre outros sintomas. No esporte, é um tema que recebe cada vez mais atenção, com o desenvolvimento de regras e protocolos para cuidados quando existe a suspeita deste diagnóstico. Por ser um tipo de lesão que pode trazer graves consequências ao atleta, é muito importante a realização e acompanhamento de avaliações neuropsicológicas. 
A resistência sobre saúde mental no mundo do futebol está diminuindo consideravelmente nos últimos anos, mas ainda é um tabu principalmente no futebol masculino. Essa resistência ainda é vista por outras áreas da sociedade que preferem motivadores e negar os problemas psicológicos ao invés de investir num profissional que possa de fato trabalhar as questões emocionais.

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